Os profissionais da assistência social e o enfrentamento à pandemia

Estudo apresenta a percepção dos profissionais em relação ao impacto da pandemia no âmbito profissional.

A Fundação Getúlio Vargas apresentou um estudo sobre a percepção dos profissionais de Assistencia Social em relação ao impacto da pandemia do COVID-19.

Segundo o estudo, a assistência social é essencial para minimizar os danos da crise entre os mais pobres, viabilizando medidas econômicas e sociais coerentes com esse segmento populacional.

“Com o isolamento social instaurado há mais de dois meses em todo o país, é preciso pensar nos/nas profissionais que atuam face a face com os cidadãos.”

Não podemos de deixar de pensar nos usuários das políticas sociais, mas é importante dar voz aos profissionais, pois não é só a política de saúde que coloca os profissionais na linha de frente e expostos ao risco de contrair o Sars Cov 2.

A pesquisa contou com a participação de 439 profissionais. Destes, 90,66% tem medo de contrair o Coronavírus.



61,50% dos profissionais entrevistados não se sentem preparados para lidar com a crise do novo Coronavirus, enquanto 25,74% ainda não sabem opinar a respeito e apenas 12,76% afirmam que se sentem preparados.

O gráfico 02 demonstra que há uma diferença significativa desse resultado por região.

Nenhum dos profissionais que atuam na região Norte se sente preparado e o percentual das demais regiões também é baixo, sendo Nordeste (16,07%), Sudeste (13,92%), Centro-Oeste (13,63%) e Sul (6,75%).



Quando perguntado sobre a o apoio governamental (União, Estado e Municípios), grande parte dos profissionais não se sentem apoiados, embora haja diferença entre os níveis da federação.



A pesquisa indica fatores que devemos levar em consideração na hora de avaliar a percepção dos profissionais.

Equipamentos de proteção individual (EPI) foi apontado como uma das questões centrais para entender as percepções dos profissionais frente a crise.

Chama atenção o fato de que apenas 38,50% do total de respondentes do questionário acreditam que receberam materiais para trabalhar com segurança.



Treinamento: apenas 12,8% do total dos entrevistados afirmou que participou de treinamento para lidar com o novo Coronavirus.

Os resultados por região são: Nordeste (37,5%), Centro-Oeste (18,18%), Sudeste (8,01%), Sul (6,75%) e no Norte nenhum profissional.



Diante da realidade indicada pelos entrevistados, os pesquisadores apontam que um conjunto de ações deveriam ser implementados pelos governos federal, estuduais e municipais afim de garantir recursos, informações e proteção necessárias dada a importância do trabalho dos profissionais da política de assistência social neste momento.


Acesse o link abaixo para ler a pesquisa na íntegra


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