A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou, na última quinta-feira (10/9), que a pandemia da COVID-19 pode aumentar os fatores de risco para suicídio, incitando as pessoas a falarem abertamente e de forma responsável sobre o assunto.
A ideia é que, mesmo com o distanciamento físico, as pessoas permaneçam conectadas com familiares e amigos e aprendam a identificar os sinais de alerta.
O coronavírus está afetando a saúde mental de muitas pessoas. Estudos recentes mostram um aumento da angústia, ansiedade e depressão, especialmente entre os profissionais de saúde.
Somadas às questões de violência, transtornos por consumo de álcool, abuso de substâncias e sentimento de perda, tornam-se fatores importantes que podem aumentar o risco de uma pessoa decidir tirar a própria vida.
Nas Américas, estima-se que cerca de 100 mil pessoas cometam suicídio todo ano, de acordo com o último dado disponível, de 2016. A maioria dos suicídios na região ocorre em pessoas entre 25 e 44 anos (36%) e entre 45 e 59 anos (26%). As maiores taxas de suicídio das Américas estão na Guiana e Suriname.
Assim como no resto do mundo, os casos de suicídio nas Américas são mais comuns entre os homens, correspondendo a cerca de 78% de todos os registros.
Nos países com maior renda, o número de homens que cometem suicídio é três vezes maior que entre as mulheres. Já nos países de baixa e média renda, a taxa é de 1,5 homem morto por essa causa para cada mulher.
É muito importante que as pessoas estejam conectadas umas às outras, atentas aos sinais de alerta e a como reagir para prevenir o suicídio. Mesmo nestes momentos de maior distanciamento físico, as pessoas podem manter vínculos sociais e cuidar da saúde mental.
Alerta
A maioria dos suicídios é precedida por sinais de alerta verbais ou comportamentais, como falar sobre: querer morrer, sentir grande culpa ou vergonha ou sentir-se um fardo para os outros.
Outros sinais importantes são sensação de vazio, desesperança, aprisionamento ou falta de razão para viver; sentir-se extremamente triste, ansioso, agitado ou cheio de raiva; ou com dor insuportável, seja emocional ou física.
Prevenção
O suicídio pode ser evitado e há intervenções eficazes disponíveis. A nível pessoal, a detecção precoce e o tratamento da depressão e dos transtornos por uso de álcool são essenciais para a prevenção do suicídio, bem como o contato com pessoas que já tentaram o suicídio.
O apoio psicossocial nas comunidades é muito importante para o aconselhamento nesses momentos. Em caso de detecção de sinais de suicídio em si mesmo ou em alguém, a recomendação é procurar ajuda de um profissional de saúde o mais rápido possível.
Fonte: OPAS/Brasil.
Clique aqui para ler a matéria completa no site da OPAS/Brasil.
Acompanhe notícias, novidades, concursos, processos seletivos e muito mais. Todas as novidades do Serviço Social você encontra aqui, no SESO Notícias. Siga nossos canais e acompanhe todas as novidades.