Arte Subdesenvolvida: reflexões sobre cultura, identidade e desigualdade Social

Entre os dias 28 de agosto e 18 de novembro, o Centro Cultural Banco do Brasil em Belo Horizonte (CCBB BH) sedia a exposição “Arte Subdesenvolvida”, uma mostra que explora o impacto do subdesenvolvimento na produção artística brasileira, entre as décadas de 1930 e 1980.

A exposição reúne trabalhos de mais de 20 artistas, integrando documentos históricos, fotografias, escritos e referências ao cinema, literatura e educação.

Para assistentes sociais, a relevância de “Arte Subdesenvolvida” vai além da apreciação estética, pois a exposição oferece uma oportunidade de aprofundamento crítico sobre as raízes históricas e culturais da desigualdade social e econômica que afetam o Brasil até hoje.

Reflexão sobre Subdesenvolvimento e Questões Sociais

A exposição aborda o conceito de subdesenvolvimento, entendido não apenas como um fator econômico, mas como uma condição estrutural que impactou a vida de milhões de brasileiros, gerando desigualdade e limitando o acesso aos direitos básicos.

Assistentes sociais, que trabalham diretamente com populações vulneráveis e em situação de risco, encontrarão nessa exposição um material valioso para refletir sobre as dinâmicas históricas que consolidaram disparidades sociais, econômicas e culturais.

As obras expostas desafiam o olhar para compreender a criatividade e a resistência cultural como meios de expressão e denúncia, elementos que o serviço social valoriza ao buscar transformar a realidade social.

Cultura e Resistência: A Luta pela Identidade Brasileira

Ao exibir artistas como Hélio Oiticica, Carolina Maria de Jesus e Glauber Rocha, “Arte Subdesenvolvida” destaca como a arte brasileira sempre lutou para representar a complexidade da vida no país, um país marcado por desafios sociais e econômicos.

Para assistentes sociais, compreender essa trajetória de resistência e expressão cultural é essencial, pois a prática da profissão exige conhecimento profundo da identidade e da história do povo brasileiro.

As lutas representadas na exposição refletem os desafios que ainda afetam as comunidades e indivíduos atendidos pelo serviço social, como a busca por dignidade, identidade e direitos.

A Arte como Ferramenta de Transformação Social

A inclusão de obras de personalidades como Paulo Freire e Solano Trindade reafirma o poder da arte e da educação como ferramentas de transformação social, um ponto central para a atuação do assistente social.

Ao integrar a arte com elementos de cinema, literatura e teatro, a exposição ressalta o valor da educação popular e da cultura como agentes de conscientização e mudança.

Assim, a exposição inspira assistentes sociais a incorporarem práticas artísticas e culturais como formas de intervenção, facilitando o diálogo com as comunidades e promovendo maior autonomia e empoderamento dos sujeitos sociais.

Uma Experiência Gratuita e Acessível

Com entrada gratuita, a exposição permite que assistentes sociais e o público em geral tenham acesso a um espaço de aprendizado e reflexão sobre o Brasil, sem barreiras financeiras.

Esse acesso democratizado à cultura é alinhado com os princípios de equidade e inclusão do Serviço Social, oferecendo aos profissionais e às comunidades uma oportunidade de reconectar-se com as raízes culturais do país e de entender como o passado informa o presente.

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