Um relatório do Banco Central revelou que parte significativa dos recursos do Bolsa Família está sendo usada em casas de apostas eletrônicas.
Segundo a nota técnica, em agosto, R$ 3 bilhões foram apostados via Pix por beneficiários do programa social.
O estudo, solicitado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que busca ações judiciais para suspender as atividades das casas de apostas até que haja regulamentação federal, apontou que 5 milhões de beneficiários realizaram apostas, o que representa 25% dos 20 milhões de cadastrados no programa.
O valor médio das apostas foi de R$ 100,00, sendo que 70% dos apostadores são chefes de família, responsáveis por enviar R$ 2 bilhões às plataformas de apostas.
Esses números abrangem tanto apostas esportivas quanto cassinos virtuais e consideram apenas transações feitas via Pix, o que significa que o volume total pode ser ainda maior se incluídos outros meios de pagamento.
Em agosto, o Bolsa Família distribuiu R$ 14,12 bilhões para 20,76 milhões de beneficiários, com o valor médio de R$ 681,09 por família, enquanto o valor total gasto com apostas eletrônicas no país atingiu R$ 20,8 bilhões no mesmo período, superando em dez vezes a arrecadação das loterias oficiais da Caixa Econômica Federal.
A situação abre um debate sobre o uso dos recursos públicos e a necessidade de regulamentação urgente para evitar que benefícios sociais sejam redirecionados para plataformas de jogos de azar.
Fonte: Agência Brasil
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