Mês do Assistente Social: celebrando a profissão e reforçando a importância da formação acadêmica

A importância da formação acadêmica para a construção de profissionais críticos e conscientes do papel do assistente social na sociedade.

Em comemoração ao Mês do Assistente Social, celebrado no dia 15 de maio, nada mais justo do que homenagear os profissionais que atuam com objetivo de contribuir para a garantia de direitos e a justiça social.

Para tanto, neste mês convidamos alguns assistentes sociais que atuam em diversas áreas para apresentar os diferentes espaços socio-ocupacionais que podem ter assistentes sociais em seus quadros funcionais.

Para esta entrevista, convidamos o assistente social Charles Toniolo, formado em Serviço Social pela UFRJ há 24 anos.

Charles possui especialização em “Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais,” Mestrado e Doutorado em Serviço Social. Trabalhou como assistente social na Prefeitura Municipal de Volta Redonda em 2 ocasiões (1999/2000, 2001/2002) e na Prefeitura Municipal de Barra Mansa (2001/2002), ambas na política de assistência social.

Foi assistente social concursado do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro na Baixada Fluminense por 8 anos (2002/2010). Lecionou no curso de Serviço Social da UNIGRANRIO por 5 anos (2005/2009) e atualmente é professor da Escola de Serviço Social da UFRJ há 14 anos (2010/2024).

Trajetória e Motivação

  • Conte-nos sobre sua trajetória profissional. O que o motivou a seguir a carreira de assistente social e, posteriormente, a se dedicar à docência e à liderança no CRESS?

Eu nasci e cresci no município de Volta Redonda, interior do estado do Rio de Janeiro.

Minha mãe era professora e lecionava para pessoas com deficiência auditiva em uma instituição que à época poderia ser considerada como instituição total.

Um misto de abrigo para crianças e adolescentes, unidades educacionais para pessoas com os mais variados tipos de deficiência.

A localização da escola era longínqua, afastada do centro urbano – característica típica dos tempos da ditadura. Por muitas vezes fiz companhia a ela, pois não havia com quem me deixar.

Aprendi, então, desde criança, a conviver com o diferente, com aqueles que a sociedade tentava esconder, interagindo com crianças e jovens afastados da convivência familiar e com deficiência.

Trata-se de um município marcado por lutas operárias e com muitos movimentos sociais. Na minha 7ª série do ensino fundamental, ingressei no Grêmio Estudantil do Colégio onde estudava.

Posteriormente, aderi à militância partidária, e, já no ensino médio, compus a diretoria da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de Volta Redonda. Quando fiz o vestibular, as colegas de trabalho de minha mãe, cientes da minha trajetória pessoal e política, conhecedoras do meu perfil, me sugeriram optar pela carreira de Serviço Social.

Ao adentrar no curso, me apaixonei por causa dessa dimensão política da profissão – e pude participar intensamente do Movimento Estudantil de Serviço Social, tendo sido inclusive da Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO).

Como estagiário e como assistente social atuei em várias frentes, mas principalmente aquelas voltadas para a infância e adolescência. Costumo dizer que não fui em que escolhi essa área, foi ela que me escolheu.

E por ela, acabei mergulhando no debate e na militância sobre direitos humanos e acesso à justiça – principalmente por causa da minha trajetória profissional no campo sociojurídico (Ministério Público). E então retornei à academia para o Mestrado em Serviço Social.

Acho que sempre tive um vínculo forte com a educação e a vida universitária. Por isso me identifico muito com minha atuação docente. Mas por ter sido um assistente social que construiu uma experiência fora da universidade, achei que eu tinha como contribuir para a formação de novas gerações de assistentes sociais em que pudesse articular teoria e prática. Essa é a minha maior preocupação como professor.

E a inserção no CRESS acabou sendo uma consequência dessas minhas preocupações. Não somente pela minha trajetória de militância, mas também porque tenho uma preocupação constante com a qualidade do exercício profissional.

Mas não qualquer prática, mas aquela que realmente esteja comprometida com os valores emancipatórios, com a crítica às mazelas da nossa sociedade, que crie possibilidades mesmo com todos os constrangimentos do mercado de trabalho.

E ter sido Presidente do CRESS foi uma forma também de tentar dar voz aos profissionais que atuam no interior do estado, de onde eu vim. Os Núcleos do CRESS foram uma conquista do qual me orgulho muito de ter construído durante a gestão que compus.

  • Quais foram os principais desafios e aprendizados que você vivenciou ao longo da sua jornada?

Foram muitos. O primeiro deles foi enfrentar os desafios de me manter em uma universidade sendo do interior e filho da classe trabalhadora. O perfil da nossa profissão mudou muito, e eu fiz parte dessa mudança.

Um grande desafio foi o ingresso no mercado de trabalho. Enfrentar as formas precarizadas de trabalho – e perceber que, se temos firmeza e consistência naquilo que temos que fazer, e não fugir de trabalho, podemos imprimir uma prática crítica mesmo com a precarização.

Outro desafio muito importante foi manter a atenção contínua no cotidiano profissional de não sucumbir ao “fatalismo” e se enredar nas rotinas institucionais de forma acrítica.

O cotidiano nos engole, e quando percebemos, podemos estar reproduzindo práticas e valores que dizemos não concordar. Ter momentos de reflexão em equipe, e também fora da instituição, me proporcionou muitos aprendizados. A formação continuada é fundamental.

Um grande aprendizado também foi reconhecer a diferença entre ser profissional e ser militante. Minha história política e a politização que o Serviço Social viveu, por vezes, gerou um certo “messianismo” quando da minha atuação profissional.

Esse foi um desafio grande, aprender a separar as coisas. Minha militância sempre me ajudou muito na prática profissional, mas aprendi que são coisas diferentes. Serviço Social é uma profissão. Tem um direcionamento político, mas é uma profissão.

A experiência no CRESS também me deu um aprendizado muito grande sobre gestão pública e sobre o perfil dos assistentes sociais. Não somos todos iguais, somos plurais.

Mas mais do que isso: temos concepções profissionais em disputa dentro da mesma categoria. Justamente porque somos uma profissão, e não um partido político, ou uma doutrina. Enxergar as coisas como elas são é muito importante, porque senão criamos uma visão idealizada e irreal das coisas.

Atuação na Docência: Cotidiano e Missão

  • Descreva um dia típico de trabalho como docente do curso de Serviço Social. Quais são as principais atividades que você desenvolve?

Temos muitas atribuições na universidade. Preparar uma aula não é simples. Se os alunos leem um texto para uma aula, nós temos que ler 3 ou 4 – ou até mais. Precisamos articular conteúdos, e transformá-los em uma linguagem com começo, meio e fim, para que a aula faça sentido para os estudantes. Isso parece simples, mas não é nada fácil.

Isso requer pesquisa. A universidade pública brasileira produz muito conhecimento, e isso se deve muito à dedicação docente.

Eu acho muito importante, por exemplo, que os professores que são assistentes sociais sempre lecionem a disciplina de estágio. Ela nos atualiza muito sobre o que nossos colegas estão vivenciando no mundo do trabalho fora da academia, e se não tivermos isso, perdemos ferramentas importantes para a reflexão com os estudantes.

Construir as avaliações dos estudantes também não tem sido uma tarefa muito fácil, sobretudo depois da pandemia. Há tempos vem se consolidando um mercado virtual voltado para “facilitar” os estudantes na elaboração de trabalhos acadêmicos, que quando copiados, não estimulam a produção intelectual própria deles. E essas ferramentas se disseminam muito rapidamente, em razão do desenvolvimento tecnológico.

Outra frente importante é a extensão universitária. Muito se fala sobre “devolver os conhecimentos da universidade à sociedade”.

Pois bem: os assistentes sociais que estão fora da docência são parte dessa sociedade a quem a extensão deve se dirigir. Eu elegi esse público para minhas ações de extensão. No caso, os assistentes sociais do sociojurídico, com ações de assessoria ou supervisão técnica.

Uma coisa que tentamos manter viva na universidade são as reuniões coletivas de trabalho, e o espírito democrático das deliberações serem também coletivas. Os departamentos se reúnem mensalmente. Nos esforçamos para propor debates teóricos e pedagógicos.

Mas também administrativos, para não sucumbirmos à tendência de centralizar as decisões naqueles que ocupam cargos de gestão. Além disso, temos as comissões que participamos, todas voltadas para alguma questão acadêmica.

As orientações de TCC, dissertações de Mestrado e teses de doutorado, além da participação em bancas, também são momentos bastante trabalhosos.

Mas ao mesmo tempo, muito prazerosos, pois é quando temos a oportunidade de conhecer novas temáticas que os estudantes estão trazendo, ouvir outros professores sobre pesquisas e reflexões que vêm fazendo.

A universidade pública está sendo estrangulada, mas o grau de riqueza que ela possui é algo que me estimula muito no dia a dia da docência.

  • Como você avalia a importância da formação de novos assistentes sociais para o futuro da profissão e da sociedade?

Estamos vivendo um momento histórico muito difícil. Uma onda conservadora, e até reacionária, assola o Brasil e o mundo. E é claro, isso atinge também a universidade.

Muitos estudantes ingressam no curso impregnados com essa visão. Daí, a importância do aprofundamento teórico durante a formação é fundamental para enfrentar esse quadro. Porque sabemos que nossa profissão tem o conservadorismo no DNA.

Valorizar, por exemplo, o ensino presencial é fundamental. As novas gerações cresceram no audiovisual – e é nele que encontram as fake news, as teorias conspiratórias anti-ciência, as pós-verdades.

Usar essas ferramentas são importantes, mas precisamos ter um diferencial, senão seremos apenas “mais um”, “mais uma live”, “mais um vídeo” que eles assistem. A sala de aula é muito forte: nela nós somos confrontados com essa realidade olhando no olho de cada um, fazendo os debates. Quem viveu o ensino remoto durante a pandemia percebeu o quanto a presença física coletiva faz diferença.

Assistentes sociais são profissionais necessários diante dessa barbarização social contínua que assistimos na realidade. Mas para isso, precisamos manter nosso posicionamento crítico e nossa fundamentação teórica. Senão, nos tornamos cúmplices disso tudo.

  • Quais os principais desafios e as maiores recompensas que você encontra na docência?

Enfrentar dogmas trazidos pelos estudantes é sem dúvida, um grande desafio. E uma recompensa é quando, depois de um debate que eu proponho, ou uma aula que eu dou, eu percebo que consegui fazer com que aquele estudante coloque em dúvida o dogma construído. Nos tempos atuais, isso tem sido um grande desafio.

Hoje, em 2024, o principal desafio tem sido manter as atividades acadêmicas em uma universidade que vive um sucateamento jamais visto por mim. As condições de trabalho estão péssimas, os prédios caindo, sem manutenção, inseguros. Sem material de consumo, déficit de servidores técnico-administrativos, realmente algo terrível.

O carinho e reconhecimento dos estudantes é sempre uma excelente recompensa. Eu gosto de vê-los apresentando o TCC, terminando o curso. Mas o que realmente me emociona é depois ter notícias sobre sua vida profissional, que estão trabalhando, que passaram num concurso, que estão fazendo pós-graduação. Fico radiante com isso!

Visão da Formação em Serviço Social

  • Na sua opinião, quais são as principais características e habilidades que um futuro profissional do Serviço Social deve ter para atuar com sucesso no mercado de trabalho?

A primeira delas é nunca parar de estudar. Nunca mesmo. Sempre ler, se atualizar.

Participar de atividades coletivas de capacitação. Muitas delas serão realizadas a partir de uma perspectiva totalmente diferente da que defendemos. Mas nelas a gente observa as tendências das discussões, novos temas, novas categorias teóricas – e que podem ser confrontadas inclusive. Participar de eventos próprios do Serviço Social eu acho muito bom para sempre lembrarmos quem somos e do nosso lugar.

Outra característica que sempre defendi é a habilidade escrita. Nossos relatórios, pareceres, eles decidem vidas. Às vezes milhares – se estivermos na gestão, por exemplo. Uma vírgula fora de lugar, uma frase truncada, um texto que pouco comunica, pode trazer muitos prejuízos.

Mas para as novas gerações, eu sempre falo da importância da habilidade política. E isso requer paciência histórica, como diriam os revolucionários russos. As coisas não vão mudar do dia pro outro.

Em certos momentos teremos avanços, outros retrocessos – com os quais temos que lutar, claro. A vida social é contraditória, é formada por interesses em disputa o tempo todo. O que acontece nos locais de trabalho reflete o que acontece na sociedade. Assim, é fundamental ter uma leitura politizada das coisas, para sempre pensar na melhor tática para a atuação profissional.

  • De que forma a sua experiência como assistente social e ex-presidente do CRESS contribui para a sua atuação como docente?

Acho que na importância de se pensar a relação entre teoria e prática, a partir do que efetivamente acontece na realidade do exercício profissional, mas sem deixar de refletir profundamente sobre essas situações para tentar apreendê-las em sua essência e construir alternativas interessantes. Minha experiência de atuação diz que isso é possível, e percebo que os estudantes, se bem estimulados, conseguem perceber essas possibilidades também.

  • Quais mudanças você acredita serem necessárias para aprimorar a formação dos futuros profissionais da área?

Primeiramente, é preciso enfrentar com força as formas de precarização e aligeiramento da formação profissional. Pensar um processo formativo pautado no tripé ensino/pesquisa/extensão. Formar profissionais com atitude investigativa, que estejam atentos às mudanças da realidade, requer habilidade em pesquisa. E isso, por sua vez, pressupõe muito rigor teórico-metodológico.

Acredito que existem muitos temas importantes que devem ser incorporados pelas disciplinas dos cursos. As formas contemporâneas de precarização do trabalho, como a uberização, plataformização e pejotização das relações de trabalho.

A questão étnico-racial e como ela se relaciona com a formação das classes sociais no Brasil. O neoconservadorismo, que articula ultraneoliberalismo como fundamentalismo religioso – e que contribui para o aumento dessa disseminação do fascismo que estamos vivendo. E como tudo isso tem impactado o Serviço Social.

Leis e Fortalecimento da Profissão

  • Como ex-presidente do CRESS, quais as principais pautas e bandeiras que você defendia para o fortalecimento da profissão do assistente social?

Ah, eram inúmeras. A articulação com organizações de defesa dos direitos humanos era uma bandeira fundamental. Numa época de tantos retrocessos e ataques, para uma profissão que afirma defender e trabalhar para a garantia de direitos, estar no fronte de luta junto dessas organizações é fundamental. Sem luta política, não há ampliação de políticas sociais, nem o fortalecimento de sua qualidade.

Outra bandeira foi alcançar os profissionais do interior do estado com ações de educação continuada. Nós sabemos que os interiores são marcados por relações de coronelismo e clientelismo, e que, justamente por isso, as ideias reacionárias e conservadoras se propagam com muita facilidade. E eu, como alguém de veio do interior, vivi e ainda vivo isso na pele.

Preparar assistentes sociais teórica, política e tecnicamente para lidar com isso, é fundamental, tendo em vista o isolamento que os mesmos vivenciam dos debates que ocorrem nos grandes centros urbanos.

Outra bandeira é a importância de pensarmos a organização sindical de assistentes sociais. Nós somos parte da classe trabalhadora, e muitas das vezes a categoria confunde o papel dos conselhos e dos sindicatos.

Somente por meio da luta na condição de trabalhador que algumas situações poderão ser enfrentadas, como condições de trabalho, melhorias salariais, jornada de trabalho etc.

  • Na sua visão, quais as principais leis e políticas públicas que ainda são necessárias para garantir melhores condições de trabalho e atuação para os profissionais do Serviço Social?

Eu sou um defensor árduo do nosso Código de Ética atual e das Diretrizes Curriculares da ABEPSS. A Lei de Regulamentação também é muito importante.

Depois de 1988, o Brasil construiu legislações progressistas. Claro, com falhas, porque vivemos em uma sociedade em que o Estado é burguês. Acho que sempre temos que usar esses elementos avançados da legislação em nosso trabalho em prol dos usuários e de um trabalho profissional de qualidade.

Mas legislações são sempre resultados de correlações de forças e lutas políticas. Elas não podem ser o parâmetro primeiro da atuação profissional – porque, dependendo do contexto histórico, as leis podem legislar contra os valores e posicionamentos que defendemos. Essa é uma armadilha que nós, assistentes sociais, não podemos cair. As leis têm que ser usadas a nosso favor. 

Mudanças no Perfil dos Egressos

  • Há quanto tempo você leciona no curso de Serviço Social?

Desde 2005. Esse ano faz 19 anos.

  • Ao longo desse tempo, você percebeu mudanças no perfil dos alunos que ingressam na faculdade?

Percebi sim. É uma geração muito audiovisual. Mas isso vem junto com uma ausência enorme do hábito da leitura. São estudantes que estão acostumados a ler postagem em redes sociais, e qualquer coisa com mais de 6 linhas já é considerado “textão”, e ninguém lê.

Mas a formação requer leitura de textos densos, e por vezes grandes. Criar esse hábito de leitura é algo muito difícil.

Observo também um aumento entre os jovens de perfis ligados a religiões com fortes tendências a fundamentalismos dogmáticos conservadores.

E em uma profissão que carrega o estigma da “caridade” e da “ajuda”, eles acabam chegando em nossos cursos. Isso requer um trabalho enorme.

Não somente de explicar que Serviço Social é uma profissão pautada na ciência e na técnica, mas de desconstruir dogmas e ensinar a pensar teórica e cientificamente em uma perspectiva crítica, sem desrespeitar as escolhas de fé que cada um possui.

Por outro lado, a criatividade da juventude brasileira e os avanços dos debates que tivemos em nossa sociedade também trazem alunos que já participam de coletivos, como rodas de rimas, grupos de dança, coletivos de negros e negras, coletivos feministas, LGBTIA+.

Isso é bacana, porque são pessoas que chegam no Serviço Social não pelo viés do estigma da ajuda, mas com o reconhecimento político dos debates da nossa profissão.

Mas a principal mudança no perfil, na minha opinião, é o crescimento dos estudantes pretos e pardos. E isso é uma mudança muito positiva, e é nitidamente um resultado das políticas de cotas raciais implementadas no Brasil nos últimos anos.

Outra mudança é a entrada de estudantes com deficiência, e isso tem enriquecido bastante os debates sobre a formação profissional, uma vez que isso requer pensar o exercício profissional de forma diferenciada, adaptada a esses estudantes que serão futuros assistentes sociais.

  • Quais as principais características e expectativas dos egressos de Serviço Social da atualidade?

Sem dúvidas a principal expectativa é a forma de inserção no mercado de trabalho. Mas essa acho que é uma expectativa histórica, sempre existiu. A abertura de concursos públicos, sem dúvida, é o que mais os mobiliza.

Mensagem aos novos profissionais

  • Que conselhos você daria para os estudantes que estão ingressando na faculdade de Serviço Social?

Que não façam do período da graduação um momento meramente instrumental, de cumprimento de requisitos.

A universidade tem muito a oferecer em termos de formação para a vida profissional e pessoal. Procurem o movimento estudantil da sua universidade e participem. Cobrem a existência de pesquisa e extensão que envolvam estudantes. Vão às festas, interajam entre si e com outros cursos.

E sobretudo, estudem! Mas não como uma tarefa burocrática somente. Mas estudem para aprender coisas novas.

É importante se despir de dogmas e pré-conceitos, e se deixar tocar. Ser um bom profissional requer consistência teórica, e paciência política. Sem isso, não há habilidade técnica que se sustente.

Ser assistente social não é nada fácil. Temos muita responsabilidade, vidas estão em nossas mãos. É importante encarar essas responsabilidades de frente, sem medo, com coragem e fundamentação teórica. Vivemos em uma sociedade profundamente desigual, cada vez mais. Temos muito o que fazer!

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