Sobrecarga é a palavra que melhor define a situação da mulher do século XXI, e ela é baseada em uma combinação de fatores sociais, econômicos e culturais.
Ainda que tenham entrado de forma massiva no mercado de trabalho, as mulheres ainda continuam sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidados com a família, e este cenário gera cansaço extremo e sensação de culpa por não conseguirem dar conta de tudo.
De acordo com um estudo desenvolvido pela ONG Think Olga em 2023, 45% das mulheres brasileiras possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos e 86% consideram ter muita carga de responsabilidades.
Como tornar a situação mais leve?
Segundo a advogada e empresária Andressa Gnann, sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, considerado como Referência Nacional e Melhores do Ano em Advocacia e Justiça, as mulheres do século XXI acumulam uma série de funções, o que é reforçado por pressões culturais.
“Elas acreditam que têm que dar conta de tudo, afinal, a própria sociedade ainda impõe grandes expectativas sobre elas com relação aos cuidados com a casa, família e ainda aspectos financeiros. Ou seja, a mulher precisa trabalhar, colocar dinheiro em casa, mas ainda tem que cuidar de todo o restante. Obviamente estará exausta no final da jornada”, avalia.
Para Andressa, a mulher do século XXI ainda precisa lidar com desigualdades no mercado de trabalho, falta de políticas públicas adequadas, como creches mais acessíveis, e ainda costuma se auto cobrar muito.
“O que é necessário entender é que ninguém precisa ser uma super heroína e manter tudo perfeito o tempo todo. Na verdade, isso é o que menos conseguiremos fazer. A autocobrança aumenta o estresse, por isso precisamos aprender a deixar tudo mais leve, sem culpa. Está tudo bem se a mulher não conseguir dar o melhor de si todos os dias”, afirma.
A sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados acredita que é preciso mais apoio entre as mulheres.
“É importante reconhecer que somos seres humanos, falhos e imperfeitos. Que não temos a obrigação de ser e agir como as pessoas acham. E principalmente ter sororidade, julgar menos, apontar menos e apoiar mais. É por isso que insisto que as mulheres precisam de menos competição e mais compreensão”, diz ela.
A advogada e mentora de mulheres também acredita que é necessário desconstruir a ideia de que a mulher precisa ser perfeita.
“Vivemos em uma época que exige muito da mulher e nenhuma pessoa, independentemente de gênero, consegue atender perfeitamente a todas as demandas. Aprender a equilibrar os pratos é preciso, assim como entender que em alguns momentos alguns deles cairão, ou terão que ficar de lado, está tudo bem”, finaliza Andressa Gnann.
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