O Papel das leis brasileiras no combate ao racismo e a atuação do Assistente Social

As principais leis brasileiras que combatem o racismo e sua aplicação prática, destacando o papel do Serviço Social, para a construção de uma sociedade antirracista.

O racismo é uma violação de direitos humanos e um dos principais desafios para a construção de uma sociedade justa e igualitária no Brasil.

O ordenamento jurídico brasileiro possui legislações importantes para combater o racismo e promover a equidade racial.

No contexto do Serviço Social, conhecer e aplicar essas leis no cotidiano é essencial para proteger direitos e fortalecer a luta contra as desigualdades.

Principais leis que combatem o racismo no Brasil

Constituição Federal de 1988

O artigo 5º define que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

O inciso XLII considera o racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão.

Na prática: Em situações de discriminação racial em ambientes públicos ou privados, o/a assistente social pode orientar a vítima a buscar os órgãos competentes, como delegacias especializadas ou Defensorias Públicas.

Lei nº 7.716/1989 (Lei de Crimes Raciais)

Essa lei tipifica os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor, abrangendo situações como a recusa de acesso a estabelecimentos, instituições de ensino e trabalho.

Na prática: Ao identificar casos de exclusão em serviços públicos ou privados, o/a assistente social pode apoiar a denúncia e articular a rede de proteção jurídica.

Lei nº 10.639/2003 e Lei nº 11.645/2008

Essas leis tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.

Na prática: Em trabalhos com a educação, o/a assistente social pode incentivar o cumprimento da lei, promovendo ações educativas em escolas e comunidades.

Lei nº 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial)

Prevê medidas para garantir igualdade de oportunidades, combater a discriminação e promover os direitos da população negra em áreas como trabalho, saúde, moradia e educação.

Na prática: O/a assistente social pode usar o Estatuto para orientar a população sobre as políticas públicas inclusivas e acompanhar casos de violações de direitos em programas sociais.

Lei nº 14.532/2023

A mais recente, que tipifica a injúria racial como crime de racismo, ampliando a proteção jurídica contra discriminações verbais ou gestuais.

Na prática: Quando ocorrer injúria racial em serviços atendidos pelo/a assistente social, ele/ela pode orientar as vítimas sobre os mecanismos legais para denúncia e encaminhá-las à rede de proteção.

O papel do assistente social na aplicação dessas leis

Como profissionais que atuam em prol da justiça social, assistentes sociais desempenham um papel central no enfrentamento do racismo, ao:

  • Denunciar práticas discriminatórias observadas nos espaços institucionais.
  • Promover a conscientização sobre os direitos da população negra.
  • Fortalecer redes de apoio, especialmente para vítimas de racismo, conectando-as a serviços jurídicos, psicológicos e sociais.
  • Participar na construção e implementação de políticas públicas voltadas para a equidade racial.

O combate ao racismo exige ação concreta e cotidiana.

As leis são ferramentas indispensáveis, mas sua efetividade depende do engajamento de cada profissional e do trabalho conjunto com a sociedade.

Enquanto assistentes sociais, o objetivo do trabalho profissional é transformar essas normas em garantias reais de direitos e dignidade.

Por uma sociedade antirracista!

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