A Pequena África, situada na região portuária do Rio de Janeiro, é um território de grande importância histórica e cultural para a população negra no Brasil.
Apelidada de “Pequena África” pelo sambista Heitor dos Prazeres (1898-1966), a área abrange os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, e inclui pontos significativos como a Pedra do Sal, o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos.
Este espaço, que reflete a ocupação de uma população majoritariamente negra, é um dos maiores centros de resistência e preservação da cultura afro-brasileira e recentemente foi apontado pela revista TimeOut de Londres como uma das regiões mais “descoladas” do mundo, com bares charmosos e locais fascinantes.
A Pequena África não é apenas um símbolo das contribuições dos negros para a sociedade brasileira, mas também um espaço onde práticas culturais, religiosas e políticas significativas para a identidade afro-brasileira se perpetuam, reforçando sua ligação com o tráfico transatlântico de escravizados, a diáspora africana e o nascimento do samba.
Além disso, a região abriga o morro e a favela da Providência, a mais antiga do Rio de Janeiro, consolidando sua relevância histórica e cultural.
Durante o período da escravidão, o porto do Rio de Janeiro foi um dos principais pontos de entrada de africanos escravizados.
Muitos desses homens e mulheres foram trazidos para a região portuária, onde formaram redes de solidariedade e resistência, buscando manter suas tradições e fortalecer laços comunitários.
Após a abolição, em 1888, muitas dessas pessoas permaneceram no local, e a Pequena África se consolidou como uma área de intensa atividade cultural e de preservação das raízes africanas.
Para assistentes sociais, a Pequena África é um espaço essencial para compreender e dialogar sobre a formação social do Brasil e o papel crucial da população negra na construção econômica, social e cultural do país.
A Pedra do Sal, em particular, é um marco de resistência e um ponto de referência para manifestações culturais como o samba, os encontros de capoeira e as celebrações das religiões afro-brasileiras.
Esses movimentos e práticas culturais não só reforçam o senso de pertencimento e identidade para a população negra, mas também funcionam como espaços de resistência e de fortalecimento comunitário.
Maiores informações sobre este ponto turístico carioca, como espaços culturais, gastronomia, atividades ao ar livre, entre outros, estão no site da Rio Tur.
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